quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O você


"Lembrei do dia em que te conheci, lembrei de quando segurei sua mão" (Leo Verão)

Escrever sobre amores sempre me dá um certo tipo de azar. Acho que isso justifica a minha demora produtiva. Amar rouba tempo, apaixonar mais ainda. Palavras são legais para encantar, para cantar aquele momento ou simplesmente para fazer passar o que eu não queria. Sem dramas e com muita saudade. O você da minha vida mudou mais uma vez.

Mudou porque precisava ser de verdade, precisava de cor especial. Cansei de romance fajuto, cansei de amores falidos. Você é um modelo diferente pra mim, talvez o mais engraçadinho que já tive. É personagem em ação gritando por descoberta, mas sabe esperar o fim do inverno para colher jasmins. Foi pouco tempo, foi muito espaço. Quem pode esquecer os degraus que me fizeram mais feliz? Tua voz no meu ouvido, meus olhos bobos, nosso desejo de parar o tempo. O engraçado é perceber que a fórmula de amar é sempre a mesma, envolve conquista, envolve olhares, envolve o você correr atrás. Roteiro igual acaba tornando o final da trama previsto demais, por isso eu aposto em um ponto de virada que me surpreenda. É, o papel rosa pode até ser bonito, mas há quem prefira o branco que vem dentro. O passeio de mãos dados pode até ser romântico, mas ainda existem outras formas de fazer o coração acelerar.

Agora chega! Falar de você é continuar falando dos vocês com tanta empolgação que acaba perdendo o interesse. Nada melhor que ficar oculto mais uma vez e ganhar teus beijos nos secretos encontros de um dia qualquer. Quero o peito pulsando e no simples aperto de sua mão poder sentir aquele amor de novo.

"Amar é sentir que você sozinho não basta.
É querer que dois seja um e que sem um não existe resultado"

Texto de Patrick Moraes